Este é um
livro, mas mais precisamente o meu livro. Onde tudo é possível. Onde eu posso
criar e imaginar. Normalmente, todas as histórias começam por: “Era uma vez…”,
mas bem, a minha não.
*****
(Mariana)
Tinha decidido fugir de casa. Era muita
pressão e não sabia o que se andava a passar comigo. Levei as minhas poupanças
e o dinheiro que tinha recebido nos anos e no Natal passado. Tinha falado com
Carolina e com Ana e tinha-lhes contado. Tinha sido um momento triste aquele.
Um momento de despedida.
Mariana -Aqui
eu não consigo ser feliz, percebem? Não consigo ser eu. Desculpem, mas tenho
mesmo que ir. Eu prometo que vou ficar bem e quando o ficar eu volto. Preciso
de tempo para pensar… para pensar em tudo!
Ana – Desculpa, mas não posso perceber. Como
é que queres que nós compreendamos? Vais-nos deixar! Já pensaste em como vão
ficar os teus pais?
Mariana – Desculpem, a sério! Achas que eu
também queria isto? Eu vou-me embora é para eles não sofrerem mais. Para
acalmar as coisas.
Carolina (abraçando-me) – Não vás por favor!
Não me deixes.
Mariana (retribuindo o abraço) – Desculpa.
Mas não vou mudar de ideias.
Ana – Quando é que te vais embora?
Mariana – Amanhã!
Carolina – Já?! Não podes ficar mais uns
tempos? Nem que seja só uma semana?
Mariana – Quanto mais cedo melhor.
Ana – Só se for para ti! Porque para mim e
para a Carolina não é melhor. Já te despediste de mais alguém?
Mariana – Só de mais 2 pessoas. Sabem bem
que não gosto de despedidas. E quantos mais soubessem, pior eu ficava e não sei
se chegaria a ir-me mesmo embora, por isso…
Carolina (com as lágrimas nos olhos) –
Podemos saber pelo menos, para onde vais?
Mariana (tentando não chorar) – Para longe,
muito longe!
Ana – Não te vamos conseguir mudar de ideias
pois não?
Acenei-lhe
que não com a cabeça, lentamente.
Mas por fim,
uma lágrima cedeu. Ficámos ali, durante um tempo, apenas em silêncio. Um
silêncio infernal. Acabei por ir para casa.
*****
(No dia
seguinte)
Arrumei as
minhas coisas, peguei no dinheiro e fui-me embora, antes que os meus pais
chegassem a casa. Com uma lágrima no olho, fechei a porta. Acabara de deixar o
meu ninho, o meu Mundo! Várias lágrimas caíram. Umas atrás de outras. Fora-me
embora porque não queria causar sofrimento aos meus pais, eu podia sofrer,
conseguia viver com isso! Mas os meus pais?! Os meus pais não! Faria qualquer
coisa para os ver felizes.
Deixei
Portugal e rumei a Inglaterra. Safava-me bem com a língua e, além disso ali ninguém
me iria procurar.
Fui dar uma volta, tirei a carteira e o
dinheiro e fui comprar qualquer coisa para comer. Estava esfomeada!
Depois de comer fui dar uma volta, para ver
onde iria dormir. Passei ao lado de um ‘’estúdio’’ e se não o era pelo menos
parecia. Como não vi ninguém por lá, decidi entrar. Se ficasse ali, não teria
que gastar dinheiro com a acomodação.
Entrei e fiquei a olhar, admirada, a toda a
minha volta. Woow! Era tão grande, mas estava tudo completamente vazio, o que
fazia com que parecesse maior ainda.
De repente, entra um policia. Assusto-me e
dou um salto para trás. O policia agarrou-me.
Policia(com um ar assustador e de
poucos amigos) – Quem
és tu?
Mariana (muito nervosa) – Olá. Sou a Mariana, eu sei que não
devia estar aqui, nem devia ter entrado sequer, mas estava à procura de um
primo. Mas bem, parece que ele não está aqui, por isso já estou de saída.
Tinha dito
aquilo tão rápido, devido ao facto de estar nervosa, que com certeza, o policia
não percebeu quase nada. Tentei escapulir-me mas ele agarrou-me pelo braço.
Polícia –
Não vais a lado nenhum! (Agora agarrava-me com cada vez mais força o braço.)
Quem é o teu primo?
O estúdio
tinha uma janela e do lado de fora apareciam aqueles anúncios em ‘grandes
televisões’ e por acaso naquela altura, estava a passar sobre os ‘One
Direction’.
Sem pensar,
respondi logo.
Mariana –
Louis Tomlinson! É meu primo e eu pensei que eles estivessem a gravar aqui
hoje.
Polícia - A
sério? Bem, então enganaste-te no estúdio. Eles estão a gravar aqui perto.
Deixa-me levar-te lá.
O quê?! Oh
My God! Eles estavam a gravar ali perto! Eu não podia ir com o polícia.
Mariana –
Ah! Pois, que cabeça a minha! Não é preciso, eu consigo ir sozinha, deixe
estar.
Mas, porém,
o polícia não me largava o braço.
Policia –
Não! Eu insisto. Vem comigo e não se fala mais nisso. (Disse isto enquanto me
levava pelo braço)
Ia passar por mentirosa e aldrabona à frente
da minha banda favorita, o que me deixou muito nervosa.
O meu telemóvel tocou várias vezes ao longo
do caminho, mas eu preferi não atender. Era preferível, assim. O carro parou.
Já tínhamos chegado. Era realmente perto dali, visto que em 2 minutos já lá
estávamos.
O medo ia sendo cada vez maior. O policia lá
resolveu voltar a agarrar-me pelo braço. Devia ter medo que eu fugisse ou coisa
parecida, acho que não acreditou muito naquilo que eu lhe tinha dito.
Entrámos pelo estúdio adentro. Ouviram-se
vozes mas não conseguia perceber o que eles diziam, pois o batimento do meu
coração era cada vez mais forte, cada vez mais intenso. Era tão veloz. Nunca
pensei que um coração pudesse bater daquela maneira.
Fomos para uma sala e ao fundo, bem ao
fundo, porque a sala era enorme, lá estavam eles. Nunca pensei que alguma vez
os fosse ver porque era praticamente impossível e agora eles estavam ali! Ali
mesmo! Senti as minhas pernas a ficarem fracas. Não podia cair. Mas bem, era o
que me apetecia. O policia chamou-os. Eles olharam e eu fiquei envergonhada e
com medo, por isso baixei a cabeça. Eles aproximavam-se. Sentia os passos cada
vez mais perto de mim, até que…pararam. Estavam mesmo ao pé de mim! Deixei cair
uma lágrima. Harry notou. Passou a mão pela minha cara, limpou-a e levantou-me
a cabeça. Perguntou-me porque chorava, mas não fui capaz de responder,
limitei-me a olhar para Louis.
Policia –
Não conheces esta rapariga de algum lado?
Louis – Não,
acho que não porquê?
Outra lágrima escorreu-me pelos olhos. Desta
vez quem ma limpou foi o Louis.
Louis (vendo
a forma como o policia me agarrava, com cada vez mais força, interveio) – Quer
dizer, acho que és amiga da minha irmã, talvez, não?
O polícia
mostrou um sorriso irónico. “Com que então, primo não era? Não te devias ter
metido comigo!” – Sussurrou-me ao ouvido. Começou a arrastar-me pelo braço.
Soltei um ‘’ai’’ e um ‘’Está a magoar-me’’. Não se importando com o que eu
estava a dizer, agarrou-me com cada vez mais força.
A única coisa que consegui e que fui capaz
de dizer aos rapazes foi um simples “Desculpem”!
Tinha perdido as esperanças, mas se pensarmos
bem, nunca as tive! Que ideia aquela, de ter dito que o Louis era meu primo! Até
que…
Olá, olá :) Como vou sair e tinha prometido que publicava hoje, aqui está. Não está grande coisa, mas amanhã publico o 2º capítulo se conseguir :)
Gostei muito, fico à espera do próximo (:
ResponderEliminarJá sigo *
E obrigada pelo comentário ao meu blog (:
Obrigada (:
EliminarHoje, não vou conseguir publicar*
De nada e obrigada eu (;
Se não te importares podes divulgar? :$
Obrigada :)
Mariiana*